A Irmandade dos Clérigos, no Porto, já doou mais de um milhão de euros desde que foram instituídos os fins de semana solidários, há três anos. As receitas destinam-se a ajudar os hospitais “porque nos parecia ser o modo mais transversal de distribuir este bem fazer por toda a população”, explica o presidente da irmandade, padre Américo Aguiar.
O responsável lembra que ao hospital “vão os novos, vão os velhos, vão os ricos, vão os pobres, vão os portugueses e vão os estrangeiros, ou seja, é o local onde, de modo mais transversal, nós podíamos redistribuir esta mais valia da operação turística dos Clérigos”.
As verbas angariadas com a venda de bilhetes para a Torre dos Clérigos destinam-se “directamente para as Ligas dos Voluntários dos Hospitais que fazem um trabalho magnífico no apoio às pessoas que se dirigem aos hospitais. Outras vezes, têm sido direcionadas para a compra de equipamento muito básico de serviços dos hospitais”.
Américo Aguiar explica que a irmandade apoia ainda o campo da investigação. "A última entrega foi ao IPATIMUP [Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto], do nosso querido amigo professor Sobrinho Simões, investigador do cancro".
"Patrocinámos a aquisição de dois equipamentos que proporcionaram um avanço significativo na possibilidade de uma das investigações”, completa.
Nos serviços hospitalares, no voluntariado, na investigação “é aí que nós encontramos o rosto de Cristo, é nos homens, nas mulheres, nos doentes, nos médicos, nos enfermeiros, nos auxiliares, nas suas famílias. É aí que nós encontramos mais verdadeiramente a presença daqueles que mais precisam da nossa partilha”.
O também presidente do Grupo Renascença Multimédia admite que, com esta iniciativa, fica “muito feliz, a Irmandade dos Clérigos fica felicíssima, a Diocese do Porto do mesmo modo” e faz questão de lembrar “D. António Francisco dos Santos, que tanto nos inspirou nisto, o senhor D. Manuel Clemente, enquanto bispo do Porto, e, agora, o senhor D. Manuel Linda, pelo apoio e incentivo para irmos cada vez mais longe neste apoio, nesta partilha”.
Os fins de semana solidários são para continuar, “já conquistaram um lugar de permanência”.
A Irmandade dos Clérigos considera que é uma prioridade prosseguir com este apoio, ser uma mão amiga para as instituições de saúde.