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O politólogo José Adelino Maltez afirma ter "pena" pelo PCP ser contra a sessão solene no Parlamento com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky e que o partido tem um "problema de ódio".
A líder parlamentar do PCP considerou esta quarta-feira que a proposta de sessão parlamentar com o Presidente ucraniano contraria o papel da Assembleia da República "em defesa da paz", justificando assim a oposição do seu partido à iniciativa.
"A Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, não deve ter um papel para contribuir para a confrontação, para o conflito, para a corrida aos armamentos. O seu papel deve ser exatamente o oposto. O papel da Assembleia da República deve ser um papel em defesa da paz", sustentou Paula Santos, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, no Parlamento.
Em reação, ouvido pela Renascença, José Adelino Maltez, lamenta o posicionamento do partido: "Acreditei que o PCP se tinha convertido a um consenso em torno da democracia pluralista. Verifico que não", considera.
O politólogo aponta que o partido tem "um problema de ódio, um problema psicanalítico" contra o atlantismo e o europeísmo.
"Só me admira que, até há poucos meses, o PCP era uma força apoiante de um Governo da Europa ocidental, membro da UE e da NATO", refere, relembrando os anos da gerigonça e às negociações entre os Governos de António Costa e os comunistas.
O posicionamento do PCP perante a guerra na Ucrânia é, assim, na visão de José Adelino Maltez, um "cortar dos laços com o conceito de democracia plural".