O antigo presidente do CDS Adriano Moreira defende que o legado e a recuperação dos valores da democracia-cristã foram assumidos pela liderança atual, congratulando-se com "o renascimento do partido e da direção".
"A força que representa este congresso dá-me a convicção de que o legado já foi assumido, a ideia da recuperação dos valores foi assumida, e a liderança já está entregue à geração que recebe, sem benefício de inventário, a defesa dos interesses de Portugal, da humanidade, dos valores da democracia cristã", defendeu Adriano Moreira.
Intervindo durante uma homenagem que lhe foi prestada pelo CDS-PP no 27.º Congresso, em Lamego, o professor catedrático declarou que "é um momento de felicidade ver o renascimento do partido e da direção".
"A própria líder representa valores fundamentais: a sabedoria, é doutora em direito, a família, é mãe de família, a liberdade de pensamento, e aquela severidade carinhosa com que as mulheres sabem ajudar-nos a corrigir os erros", disse.
Adriano Moreira reiterou que "o CDS não mudou de matriz", tal como tinha dito aos jornalistas à entrada do Congresso, mas está a adaptar a sua intervenção, apontando para o exemplo do Papa Francisco.
"Não é possível mudar o paradigma do partido, e ele também não mudou o Evangelho, agora é preciso é olhar para a mudança do mundo e adaptar a intervenção, é o que ele está a fazer", sustentou.
Assunção Cristas subiu ao palco no final da intervenção e abraçou prolongadamente Adriano Moreira, oferecendo-lhe um pin do partido, que lhe colocou na lapela.
Do presidente da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, Adriano Moreira recebeu um quadro alusivo àquela estrutura dos jovens do CDS.
A homenagem a Adriano Moreira, que levantou o Congresso em prolongado aplauso, foi enquadrada pela apresentação do Senado, o órgão consultivo do partido que é reativado neste Congresso, e onde têm, por inerência, assento todos os ex-presidentes filiados.