A visita do Papa à Hungria e à Eslováquia fica marcada por fortes apelos à integração e à inclusão. Por várias vezes, Francisco manifestou-se contra a exclusão e o isolamento, tanto das pessoas como das nações.
Foi assim, na terça-feira, em Kosice, quando visitou a comunidade cigana e sublinhou que colocar as pessoas em guetos não resolve nada. Na ocasião, Francisco alertou que quando se "cultiva o fechamento", mais cedo ou mais tarde acaba por explodir a raiva. O caminho para uma convivência pacífica é a integração.
Foi também o que quis transmitir, por outras palavras, na missa a que presidiu, no último domingo, em Budapeste, onde apelou à inclusão e à integração, tanto das pessoas como das nações.
Já esta manhã, na homilia da missa a que presidiu no Santuário Nacional de Šaštin, Francisco pediu uma fé ativa, feita de solidariedade e acolhimento que esbata egoísmos pessoais e coletivos, uma fé solidária e acolhedora que proteja e guarde a vida.
O Papa concluiu que face a Jesus, não se pode ficar morno, com “o pé em dois sapatos”, referindo que também hoje a Eslováquia precisa de profetas “tecedores de diálogo”, que façam “resplandecer a vida fraterna na sociedade, onde muitas vezes nos dividimos e contrapomos” que difundam “o bom perfume do acolhimento e da solidariedade, onde muitas vezes prevalecem os egoísmos pessoais e coletivos; que protegem e guardam a vida onde reinam lógicas de morte”.
Outra nota importante desta viagem prende-se com a agenda muito carregada do Papa. Quem não soubesse que Francisco foi operado há não muito tempo, também não o iria saber.
Francisco parece completamente recuperado e saiu várias vezes do carro, quando saudava a população, para se aproximar das pessoas.
Foram momentos de grande alegria para quem viu o Papa e, certamente, também para Francisco, após tantos meses de pandemia e de um distanciamento forçado.