O presidente do Governo da Madeira desvalorizou este sábado as críticas à sobrelotação das principais atrações turísticas da região, reconhecendo, no entanto, que a solução passa por uma maior organização com os agentes turísticos e com a diversificação da oferta.
“Eu acho que isso é tudo uma questão de nos organizarmos e ter mais oferta. Esse é um bom problema”, afirmou Miguel Albuquerque, quando questionado pelos jornalistas sobre as recorrentes queixas dos guias turísticos relativamente à sobrelotação dos locais mais turísticos.
O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP) falava à margem de uma visita às novas instalações da banda municipal da Ribeira Brava, na zona oeste da ilha.
“Se nós nos entendermos e colaborarmos uns com os outros, não é um grande problema. O problema era se nós não tivéssemos turistas”, defendeu Miguel Albuquerque (PSD).
O governante reconheceu, porém, que “é preciso fazer uma cogestão dos espaços com algum cuidado”, encetar “algum diálogo com os agentes turísticos sobretudo nas zonas de maior atração” e “diversificar também as próprias ofertas”.
“Daí a importância de alguns projetos que estão agora em andamento, como por exemplo os caminhos reais da Calheta e o teleférico do Curral das Freiras”, referiu.
“É preciso as pessoas que vêm aqui à Madeira tenham uma capacidade de diversidade de oferta que possa descongestionar os grandes pontos da convergência de turistas”, reforçou.
Questionado, por outro lado, sobre a privatização da Azores Airlines, companhia aérea do grupo SATA, o presidente do Governo da Madeira disse que o seu executivo não será “proprietário de companhias aéreas”, considerando que, “salvo casos excecionais”, devem ser os operadores privados a fazê-lo.
Miguel Albuquerque referiu que o seu governo fez “alguns contactos” com empresários madeirenses dando conta que havia interesse por parte da companhia aérea em abrir o capital aos privados.