A derrota do Sporting no clássico desta sexta-feira frente ao FC Porto deverá ser o melhor resultado para o Benfica, considera o comentador desportivo Pedro Henriques, à Renascença.
As águias olham à distância para o luta do título, com 12 pontos de desvantagem para o líder FC Porto. No entanto, o Sporting está a seis de distância e uma derrota no Estádio do Dragão pode colocar o Benfica mais perto do segundo lugar.
"Os jogadores do Benfica têm mesmo de ganhar. Sabendo que o Sporting perdeu, terá de fazer das tripas coração, que já teria de fazer na mesma, mas terá um estímulo adicional para encurtar a distância e tentar chegar ao segundo lugar. A derrota do Sporting será mais motivante, porque é o objetivo mais realista a atingir", começa por dizer.
O internacional brasileiro Everton foi figura da vitória do Benfica na última jornada, em casa do Tondela, mas Pedro Henriques considera que ainda está longe do Cebolinha do Brasil. Já Darwin tornou-se "absolutamente indispensável" para o Benfica.
"O Everton está melhor, a fazer golos e criar desequilibrios, mas ainda está longe do Everton que jogava no Brasil e na seleção. Mas está melhor. O tirar do peso da responsabilidade ajuda alguns jogadores a libertarem-se. O Darwin é dos poucos que tem intensidade. Sem ele, a equipa é como um som monocórdico. Ele tem energia que arrasta a equipa. Hoje é aboslutamente indispensável", explica.
Pela frente no próximo jogo estará o Santa Clara. Pedro Henriques elogia o trabalho do treinador Mário Silva e considera que será um jogo difícil: "O Mário veio dar estabilidade e qualidade. Espero uma equipa organizada e a sair rápido para o ataque. Nos outros jogos a equipa tem este comportamento, é a identidade do treinador".
O Benfica volta ao Estádio da Luz neste sábado. No último jogo em casa, as águias perderam com o Gil Vicente e os adeptos não perdoaram, com assobios, lenços brancos e críticas à direção. Pedro Henriques não espera um ambiente calmo na Luz.
"É difícil, a tolerância dos adeptos costuma ser alguma, mas quando perdem a paciência e a crença é difícil. Costuma-se dizer que os jogadores é que têm de puxar pelos adeptos. A vitória em Tondela foi tranquila e justificada, mas os jogadores sabem que o Tondela foi presa fácil", termina.