Depois de Rafa Nadal ter confirmado que fez várias infiltrações para tentar combater dores no tornozelo durante o torneio de Roland Garros, vários ciclistas profissionais vieram deixar críticas.
"Se estás doente ou lesionado, não competes. A longo prazo não estou certo que possa ser benéfico para o tornozelo do Nadal. Para além disso, a medicação, especialmente injeções, não têm apenas um efeito de sarar, podem também ter efeitos na performance, por isso no meu entender está um pouco no limite", referiu Guillaume Martim, ao jornal “L’Equipe”.
O ciclista da Cofidis acrescentou: "Se um ciclista fizer a mesma coisa, já estaria banido. E mesmo que não fosse o caso, todos viriam a público acusá-lo de ser dopado”.
“As pessoas aplaudem o Nadal por ser capaz de jogar com dores. Creio que foi o Ibrahimovic que falou recentemente sobre injeções no joelho. Passam por heróis porque submetem-se à dor, mas na verdade eles tiram partido de substâncias para superar a dor e, repito, para mim é muito no limite. O vencedor no ciclismo, especialmente no Tour, mesmo que não haja nada, é sistematicamente acusado de doping", referiu.
Já Thibaut Pinot, outro ciclista profissional da Groupama–FDJ, comentou a situação replicando uma publicação de Laurent Vergne, jornalista do Eurosport francês, na qual este partilhava a conversa de Nadal com Barbara Schett ainda no 'court': "Quantas injeções recebeste ao longo do torneio?", questionou Schett, à qual Nadal respondeu "é melhor não saberes".
Pinot acrescentou "Os heróis de hoje..."
Nadal conquistou o 14.º Grand Slam de Roland Garros.