Cerca de oito centenas de participantes de toda a Europa vão marcar presença, de 7 a 10 de abril, no maior evento da Geração Erasmus, que é também o primeiro que se realiza em Portugal.
A cidade do Porto recebe este encontro promovido pelo Erasmus Student Network (ESN), uma associação de estudantes internacional presente em mais de 40 países.
O evento, de acordo com uma nota de imprensa enviada à Renascença, “abre o diálogo sobre o futuro da mobilidade, dando voz à Geração Erasmus para aprender, discutir, partilhar, exprimir as suas preocupações e encontrar soluções”, naquela que é a “única conferência anual organizada por estudantes, para estudantes, sobre a internacionalização da educação, no emblemático Ano Europeu da Juventude”.
Na abertura, a 7 de abril, vão estar, como oradores convidados, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Ana Cristina Perdigão e Joana Lima, respetivamente, diretora e vice-diretora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação e Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal.
O programa compreende, no dia 8 de abril, uma ‘Career Fair’, promovida pela Talent Portugal em conjunto com a ESN, uma espécie de feira do emprego, onde diversas empresas vão estar em contacto com os participantes de forma a divulgar oportunidades de emprego em Portugal.
A 9 de abril, destaque para a ‘Mobility Fair’, que conta com a participação dos mais de 40 países da Erasmus Student Network, bem como universidades portuguesas, como a de Coimbra, do Porto, de Aveiro, entre outras.
Ao longo de 3 dias de conferência vão decorrer mais de 90 sessões, em diferentes formatos, facilitadas tanto por membros da Erasmus Student Network como por formadores e oradores externos, de universidades e associações parceiras.
Apoiado pela Comissão Europeia, este encontro conta com mensagens via vídeo do vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, assim como da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Comissão Europeia trabalha “arduamente" para inserir estudantes ucranianos
Numa mensagem enviada aos participantes, a comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude recorda a celebração dos 35 anos do Erasmus+ e enumera os benefícios deste programa que “potencia o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos estudantes, melhora os conhecimentos, as competências e as atitudes, melhora a empregabilidade, contribui para a criação de confiança e independência e estimula a curiosidade e a inovação”.
Sem esquecer os acontecimentos na Ucrânia, Mariya Gabriel anuncia que a Comissão Europeia está a trabalhar “arduamente para introduzir flexibilidade no programa Erasmus+ para que o seu financiamento facilite a integração de alunos e funcionários ucranianos na Europa”.
A comissária sublinha que vão ser simplificados “os procedimentos para os estudantes e funcionários do Erasmus+ que chegam da Ucrânia, permitindo-lhes continuar os seus estudos, ensinar ou realizar uma investigação num ambiente seguro”.
Por outro lado, revela que estão a ser revistos “os projetos de cooperação Erasmus+ em curso”, redirecionando “parte dos seus esforços e atividades para acolher refugiados nas suas comunidades”.
No âmbito da sua pasta, Mariya Gabriel sublinha que a Comissão Europeia está a trabalhar “na atualização da recomendação do Conselho “Juventude em Movimento” e na criação de um novo quadro de mobilidade que irá potenciar as mobilidades”, garantindo que será “mais inclusivo e mais equilibrado geograficamente”.
A aposta está também nos estágios Erasmus+, com “mais de 100 mil deles oferecidos a estudantes todos os anos, como grande trampolim para um emprego de alta qualidade”.
“Como sabem”, escreve ainda a comissária, “com um orçamento que quase duplicou em relação ao período de programação anterior, o Erasmus+ 2021-2027, tem a ambição de ser não só mais inclusivo e inovador, mas também mais digital e mais verde”.
Para que isso se verifique, é necessário chegar a “estudantes e funcionários de diferentes idades e de diversas origens culturais, sociais e econômicas para garantir que os estudantes e funcionários participantes do Erasmus+ espelhem a diversidade das populações em Europa”, esclarece, Mariya Gabriel.
A Comissão Europeia está igualmente a lançar a iniciativa European Student Card, com a finalidade de “facilitar os processos administrativos para estudantes móveis e para facilitar o acesso a serviços online e offline quando os alunos se mudam para o exterior”.