As urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, registam uma “situação mais normalizada”, assegura o responsável pelo serviço.
Em declarações aos jornalistas, João Gouveia explica que têm “vários gabinetes abertos a atender os doentes” e, por isso, “a caminhar para a normalidade”, embora reconhecendo com tempos acima do que desejariam ter.
O médico explicou que afluência que gerou tempos de espera superiores a 11 horas ficou a ver-se uma procura anormal por parte de doentes de outras unidades, sublinhando que apenas 40% dos pacientes eram da área do Hospital de Santa Maria.
O coordenador das urgências reconhece que o hospital tem uma capacidade técnica instalada “muito poucos hospitais têm” e, por isso, devem “receber e ajudar doentes de todas as áreas do país”.
“Nós cobrimos e ajudamos os outros hospitais nos doentes que necessitam de tratamentos mais diferenciados; quando, por alguma outra razão, que foi o aconteceu este fim de semana, eles entraram em falência, nós também ajudamos nos outros doentes”, descreve João Gouveia.
No entanto, este especialista adverte que “tem que haver uma reciprocidade e eles têm depois também que ajudar e receber os doentes que nós começámos a tratar”.
Questionado sobre o impacto do alargamento dos centros de saúde anunciado pelo ministro Manuel Pizarro, João Gouveia refere-se ao impacto no Hospital de Santa Maria.
“Apenas alargou duas horas, não sei se isso vai chegar para alguma coisa”, diz.Mudanças no Santa Maria
Ana Paula Martins será a nova presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que integra o Hospital Santa Maria. A informação foi confirmada à Renascença pelo Ministério da Saúde.
A antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos vai substituir Daniel Ferro, que estava no cargo desde 2019.
O Ministério da Saúde esclarece que não se tratam de demissões, mas sim de nomeações para comissões que já deviam ter terminado em 2021, um processo que se atrasou.