O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China rejeitou esta sexta-feira ficar "em segundo plano" no Médio Oriente, acusando o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de estar a visitar a região para reafirmar a liderança norte-americana.
"O Médio Oriente não é o quintal de nenhum outro país e não existe nenhum vácuo na região", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, numa conferência de imprensa hoje realizada em Pequim.
"Fizemos esforços incansáveis e desempenhámos um papel fundamental na salvaguarda da paz, na promoção do desenvolvimento e na resolução justa e equitativa de questões importantes na região", reivindicou Wang, acrescentando que "a China está pronta para trabalhar com a comunidade internacional para continuar a desempenhar um papel positivo na conquista da paz e do desenvolvimento no Médio Oriente".
Biden está a realizar esta semana a sua primeira viagem ao Médio Oriente enquanto Presidente, tendo começado por Israel e Cisjordânia e voando depois para a Arábia Saudita, com vista a fortalecer os laços com os parceiros regionais.
Na quinta-feira, o Presidente norte-americano assinou com Israel uma parceria estratégica contra o Irão e participou numa apresentação das capacidades de defesa antimísseis israelitas.
Hoje, em conferência de imprensa realizada em Belém, Cisjordânia, em conjunto com o líder da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, defendeu que o povo palestiniano merece ter o seu próprio Estado e prometeu continuar a trabalhar para reativar o processo de paz entre palestinianos e israelitas.
Biden voará, ainda hoje, para a Arábia Saudita, depois de longas negociações terem resultado no anúncio, hoje, da reabertura do espaço aéreo saudita às transportadoras aéreas israelitas.