A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desafiou nesta quinta-feira a Rússia a agir, cumprindo a anunciada retirada de tropas junto à Ucrânia, e garantiu que a União Europeia (UE) continuará “vigilante e unida”.
“Agora, ouvimos anúncios da Rússia sobre retirada de tropas, mas ainda não vimos sinais de redução das tensões no terreno, pelo contrário, vemos que continuam a aumentar. Precisamos de atos para confiarmos nas palavras”, disse Von der Leyen numa declaração à imprensa, antes de uma reunião com o primeiro-ministro da República Checa, Petr Fiala.
“Não iremos baixar a guarda, iremos continuar vigilantes e unidos”, garantiu ainda.
Na crise entre a Rússia e a Ucrânia, a líder do executivo comunitário reiterou que “a via da diplomacia não está esgotada”, salientando ainda ter esperança num resultado pacífico.
Os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros da UE realizam nesta quinta-feira um encontro informal em Bruxelas, antes da cimeira com a União Africana (UA), para discutir os “mais recentes desenvolvimentos” na crise entre a Rússia e a Ucrânia, marcados nomeadamente pelos anúncios de retirada de tropas por parte de Moscovo.
Nesta manhã, a Rússia declarou que continua a retirar as suas forças militares na Crimeia, península ucraniana anexada em 2014 por Moscovo, mas outras evidências mostram o contrário.
Segundo a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), houve vários bombardeamentos ao longo da linha de contacto entre rebeldes apoiados pela Rússia e forças do Governo, no leste da Ucrânia. A informação é avançada por fonte diplomática à agência Reuters.
Além disso, vários países do Ocidente têm alertado para a continuação de movimentações militares russas na fronteira.