A comissão de avaliação arrasou o primeiro estudo de impacto ambiental para a construção do novo aeroporto do Montijo, afirmando que o trabalho da empresa “Profícuo”, a quem a avaliação foi encomendada, tinha falta de qualidade, era confuso e apresentava lacunas.
A notícia é dada por uma investigação da SIC que afirma que a construção do aeroporto na margem sul está assim em risco.
A comissão de avaliação considera que o documento não tinha sequer condições para uma consulta pública tal o número de desconformidades encontradas.
A SIC diz que o estudo é omisso nos impactos que os aviões têm sobre as aves e a sua mortalidade, sendo que aquele ponto do estuário do Tejo é um dos pontos mais importantes de paragem de aves de e para África.
Não há também dados no documento que permitam avaliar cos danos que as aves podem provocar nas aeronaves.
É reforçado que as conclusões nestas matérias não estão fundamentadas.
A 1 de outubro, o primeiro-ministro António Costa afirmava que faltava apenas a decisão do estudo de impacto ambiental para que a construção no Montijo se tornasse irreversível.
O estudo depois de chumbado a 24 de julho voltou à estaca zero, sendo que os pareceres técnicos usados anteriormente não podem ser usados no novo documento que já está a ser preparado.
Ao segundo estudo de impacto ambiental é exigido que aprofunde as matérias que ficaram apenas abordadas superficialmente no primeiro documento.
A ANA aceitou ser necessário desenvolver mais o estudo, reconhecendo a sua falta de qualidade. Prometeu, assim, uma versão mais completa e com mais ponderação.