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A tristeza de Telma Monteiro, os apuramentos históricos no ténis de mesa e no surf, a primeira vitória do andebol, um recorde de pontos no basquetebol e a terceira medalhista de ouro mais jovem de sempre são destaques desta segunda-feira dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Yolanda Hopkins continua a fazer história por Portugal — apurou-se para os quartos de final do torneio feminino de surf, garantindo o diploma olímpico, ao derrotar a francesa Johanne Defay, número dois do mundo. Vai, agora, defrontar a sul-africana Bianca Buitendag, que surpreendeu a australiana Stephanie Gilmore, sete vezes campeã mundial.
A também portuguesa Teresa Bonvalot não teve a mesma felicidade e foi eliminada pela brasileira Silvana Lima, na terceira ronda.
Marcos Freitas garantiu, já, a melhor prestação de sempre de Portugal no torneio de singulares de ténis de mesa, ao chegar aos oitavos de final, num encontro de nervos diante do australiano Daniel Habesohn. Por outro lado, Tiago Apolónia não conseguiu chegar à terceira ronda.
Também no ténis de mesa, ainda que no quadro feminino, Fu Yu selou uma passagem "express" à terceira ronda de singulares. Vai defrontar a número dois do "ranking" mundial, a japonesa Mima Ito.
O grande dissabor do dia veio com Telma Monteiro. Após passar a segunda ronda, a judoca portuguesa foi eliminada nos oitavos de final da categoria de -57kg, no "golden score", devido a tripla penalização, e ficou às portas da disputa por uma medalha. Uma prestação que a deixou "triste" e que fica aquém do bronze conquistado no Rio 2016.
O duelo mais emocionante foi o da seleção nacional de andebol. Portugal esteve a perder por três com o Bahrain, mas operou a reviravolta com um golo no último minuto e assegurou a primeira vitória (26-25) da sua história nos Jogos Olímpicos. O sonho do apuramento continua vivo. Na próxima jornada, defronta a Suécia, vice-campeã do mundo.
João Silva e João Pereira ficaram fora do "top-20" (24.º e 27.º, respetivamente) no triatlo. As nadadoras Tamila Holub e Diana Durães falharam o recorde nacional de 1.500 metros livres. A velejadora Carolina João subiu ao 36.º lugar em Laser Radial, após duas regatas.
No basquetebol, tal como já está habituado na NBA, a estrela foi Luka Doncic. Na estreia da Eslovénia nas Olimpíadas, o base marcou 48 pontos. Ficou a sete pontos do recorde histórico do brasileiro Oscar Schmidt, que amealhou 55 pontos diante da Espanha em 1988.
No skate, a japonesa Momiji Nishiya, de 13 anos, tornou-se a mais jovem atleta a conquistar uma medalha de ouro em 61 anos. Com 13 anos e 330 dias, a campeã olímpica é, também, a mais jovem atleta japonesa medalhada — ouro, prata ou bronze — em Olimpíadas.
O nadador Adam Peaty tornou-se o primeiro britânico a revalidar um título olímpico, ao vencer a medalha de ouro nos 100 metros bruços.
Contudo, o grande destaque do dia, na natação, foi um treinador. Ariarne Titmus, nadadora australiana de 20 anos, superou a favorita norte-americana Katie Ledecky, recordista olímpica de 2016, nos 400 metros livres e alcançou a medalha de ouro. O treinador, Dean Boxall, não conteve a alegria: berrou, retirou a máscara, deu murros no ar e abanou uma grade em poucos segundos de grande felicidade pela vitória da sua atleta, numa celebração que já se tornou "meme" destas Olimpíadas.
No judo, o argelino Fethi Nourine foi obrigado e deixar os Jogos Olímpicos, apó ter renunciado à competição, perante a possibilidade de defrontar o israelita Tohar Butbul, em "apoio à causa palestina".
Depois de três vitórias da China e duas do Japão, a Rússia voltou a conquistar a medalha de ouro no "all around" masculino de ginástica artística, 25 anos depois da última vitória, em Atlanta 1996.
O norte-americano Vincent Hancock tornou-se o primeiro atleta a conquistar três medalhas de ouro na prova de tiro "skeet" e ainda obteve um novo recorde olímpico. Aacertou em 59 dos 60 alvos e recuperou o título olímpico, que lhe tinha escapado no Rio 2016.
A compatriota Amber English também conquistou a medalha de ouro na prova de tiro "skeet", na vertente feminina, igualmente com um novo recorde olímpico da modalidade: acertou em 56 dos 60 alvos.
[Superlead da notícia corrigido - Marco Freitas qualificou-se os oitavos e não para os quartos de final]