O antigo ministro socialista da Cultura Manuel Maria Carrilho começa a ser julgado esta sexta-feira, em Lisboa, por alegada violência doméstica contra a sua ex-mulher, a apresentadora de televisão Bárbara Guimarães.
Segundo a acusação, na noite de 23 de Agosto de 2013, Carrilho terá pegado numa faca de cozinha, apontou-a a Bárbara Guimarães, que estava com a filha ao colo, e ameaçou matá-la, a si e aos filhos, assim como a si mesmo.
Antes deste episódio, sustenta a acusação, já teriam existido agressões, como socos e pontapés, mas a apresentadora não apresentou queixa "por vergonha".
Numa outra situação, Carrilho terá fotografado a ex-mulher no banho, ameaçando publicar as imagens na internet, antes de a pontapear e de a entalar numa porta.
A acusação refere ainda que a relação do casal piorou depois de o antigo ministro ter regressado de Paris, onde foi embaixador da UNESCO, e relata que a apresentadora era frequentemente insultada.
Manuel Maria Carrilho, por seu lado, queixou-se de ter sido vítima de violência doméstica por parte de Bárbara Guimarães, que chegou a ser constituída arguida, mas o caso terminou no Tribunal da Relação de Lisboa, que decidiu não pronunciar a apresentadora da SIC.
Carilho e Bárbara separaram-se em 2013, após um casamento de mais de dez anos.