A previsão do Orçamento do Estado (OE) apontava para os 200 milhões de euros, mas as contas de 2021 da Caixa Geral de Depósitos (CGD) superaram as estimativas.
É que os dividendos a entregar este ano chegam aos 241 milhões, segundo o Relatório e Contas publicado esta sexta-feira pelo regulador do mercado de capitais, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo este documento, a CGD fechou o último ano com um resultado consolidado de 583 milhões de euros, o que representa mais 18,7%, face a 2020.
Desde setembro de 2021 que a CGD pode distribuir livremente dividendos, depois do Banco Central Europeu (BCE) levantar as restrições impostas durante a pandemia.
O Banco decidiu então retomar o envio de cheques para o erário público.
Os 241 milhões que serão entregues este ano vão somar-se a 583,6 milhões pagos, desde que está a ser implementado o plano de reestruturação, que começou em 2017.
Paulo Macedo, que lidera a CGD, prometeu devolver aos contribuintes o dinheiro público injetado na instituição.
O plano de reestruturação 2017-2020, aprovado por Bruxelas, incluiu a recapitalização do banco público em 4,9 mil milhões de euros, 3,9 mil milhões através do Estado e mil milhões com ajuda de investidores.