O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) considera que a situação no SNS "tem vindo a agravar-se nos últimos meses".
À Renascença, Jorge Roque da Cunha, refere que há "uma falta de investimento" do Governo, a par de um aumento da "pressão da pandemia".
"E é agravado pelo Governo não reconhecer que tem um problema. É essencial que o Governo admitisse que há um problema, que investisse no SNS e que contratasse médicos", defende.
O presidente do SIM dá conta também do agravamento da resposta dos serviços de urgência, enumerando os casos recentes da urgência de Ortopedia de Santarém, da Obstetrícia de Setúbal, entre outras, como exemplos.
"Já não é notícia as maternidades de Faro e Portimão fecharem grande parte do tempo", expõe, também.
O SIM reuniu com a equipa governativa da saúde, com a presença da Ministra da Saúde, Secretária de Estado da Saúde e Secretário de Estado Adjunto e da Saúde a 20 de abril.
Passado pouco mais de um mês desde o encontro, Jorge Roque da Cunha "diz que o único sinal positivo é a ministra da Saúde receber os sindicatos", mas "não basta receber".
"Tem de haver uma aposta séria no SNS. O SNS não pode ser só ato de propaganda do Governo", refere.