O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo não fecha a porta a uma eventual candidatura à Presidência da República.
"Não se deve dizer que nunca dessa água beberei", disse numa tertúlia comemorativa dos 157 anos do Diário de Notícias.
O vice-almirante lembra que no período em que comandou a missão de vacinação procurou "despolitizar a figura, porque achava que era o mais importante para não envolver a task force numa guerra política".
No entanto, admite que, para o futuro, “muita coisa pode acontecer”, embora não se veja, nesta altura, como um ator político.
Questionado sobre uma possível candidatura a Belém, Gouveia e Melo diz que tem sido aconselhado a não afastar liminarmente essa hipótese: "Têm-me aconselhado a dizer que dessa água não beberei, que é uma frase muito forte. Não se deve dizer nunca 'dessa água não beberei’”.
Contactado, posteriormente, pela Renascença, o vice-almirante Gouveia e Melo recusou gravar declarações, mas referiu que esta é uma mera hipótese para um cenário de longo prazo e que ninguém está em condições de dizer o que vai fazer daqui a cinco ou 10 anos.
"Eu sou militar e quero continuar a ser militar", afirmou peremptoriamente.
[notícia atualizada às 22h47 com a posição de Gouveia e Melo expressa à Renascença]