​MAI ordena inquérito à alimentação dos bombeiros
28-08-2017 - 18:08

Inquérito tem por base "várias denúncias, segundo as quais as refeições são inapropriadas face ao desgaste a que os operacionais são sujeitos neste tipo de missão".

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, ordenou esta segunda-feira à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) a realização de um inquérito sobre as condições de fornecimento de refeições aos bombeiros que, durante o mês de Agosto, têm participado nas operações de combate aos grandes incêndios.

“O inquérito hoje [segunda-feira] solicitado, o qual deverá ser entregue à tutela até ao dia 30 de Setembro, tem por base várias denúncias, segundo as quais as refeições são inapropriadas, face ao desgaste a que os operacionais são sujeitos neste tipo de missão”, afirma o Ministério da Administração Interna (MAI) em comunicado.

“Nos termos da Directiva Financeira 2017, a Autoridade Nacional de Protecção Civil suporta financeiramente as refeições dos operacionais que participam no combate aos incêndios, nos seguintes valores: almoço e jantar (7 euros por refeição); pequeno-almoço, lanche e dois reforços (1,80 euros), a que corresponde um total diário de 21,2 euros por operacional”, refere a nota.

O comunicado acrescenta que, “nos termos da Directiva Operacional Nacional n.º 2 - DECIF, os corpos de bombeiros e as câmaras municipais, da área onde decorre o incêndio, têm a responsabilidade do apoio logístico das diversas entidades integrantes do DECIF, nomeadamente a alimentação dos operacionais envolvidos nos teatros de operações”.

Nos últimos dias, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, no concelho de Coimbra, queixou-se da alimentação fornecida aos seus homens durante o combate a um incêndio.
Na rede social Facebook, o comandante Acácio Monteiro publicou fotografias do almoço e do jantar: rodelas de salsicha com esparguete e atum com grão.

"Exige-se dignidade", escreveu o responsável.