O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta sexta-feira que o nível do Produto Interno Bruto (PIB) se situa 3,1% acima do primeiro trimestre de 2019, tendo recuperado para os níveis pré-pandemia.
"Segundo os dados do INE hoje conhecidos, o primeiro trimestre deste ano a economia cresceu um impressionante valor superior a 11% em termos homólogos e 2,6% face aos três meses anteriores. Isto faz com que este primeiro trimestre esteja já 3,1% acima do primeiro trimestre de 2019, recuperando para os níveis pré-pandemia", disse o ministro na abertura do segundo dia de debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), no Parlamento.
O Instituto Nacional de Estatística divulgou hoje que o PIB cresceu 11,9% no primeiro trimestre em termos homólogos e 2,6% em cadeia.
O ministro das Finanças recordou, no Parlamento, que em 2021 a economia cresceu "quase 5%" e registou a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 18 anos, enquanto a dívida pública teve a maior descida desde a 2.ª Guerra Mundial e o défice público reduziu-se para valores inferiores a 3% do PIB.
"Temos sinais de que podemos legitimamente esperar a continuação desta dinâmica ao longo de 2022", afirmou o governante.
Para Fernando Medina "esta é uma mensagem fortíssima que os trabalhadores e as empresas nos estão a dar".
De acordo com o INE, a evolução em termos homólogos "reflete em parte um efeito de base dado que, em janeiro e fevereiro de 2021, estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica".
O INE detalhou que o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou no primeiro trimestre, destacando o crescimento mais acentuado do consumo privado.
O contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB também aumentou, verificando-se um abrandamento em volume das importações de bens e serviços e uma ligeira aceleração das exportações de bens e serviços, como reflexo da recuperação da atividade turística.
No primeiro trimestre de 2022, "a perda nos termos de troca foi mais intensa que nos três trimestres precedentes, em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações".
Na comparação em cadeia, isto é, com o quarto trimestre de 2021, o PIB aumentou 2,6% em volume, quando no trimestre anterior o crescimento em cadeia foi de 1,7%.