França proíbe venda de iPhone 12 por excesso de radiação
12-09-2023 - 20:25
 • João Malheiro , Beatriz Pereira

A taxa de absorção atualmente permitida é de 4W/kg, mas, em testes recentes ao iPhone 12, descobriu-se que o produto emite 5,74 W/kg.

A Agência Nacional de Frequências de França (ANFR) pediu que a Apple retire o iPhone 12 do mercado, foi esta terça-feira anunciado.

Em comunicado, a Agência diz que a proibição da venda destes dispositivos, lançados em 2020, deve-se a uma emissão demasiado elevada de ondas eletromagnéticas, que representam uma forma de radiação não-ionizante.

A taxa de absorção atualmente permitida é de 4W/kg, mas, em testes recentes ao iPhone 12, descobriu-se que o produto emite 5,74 W/kg.

Devido a este excesso, a ANFR "ordena à Apple que implemente todos os meios disponíveis para remediar rapidamente esta avaria. Caso contrário, caberá à Apple recolher as cópias já vendidas", disse em comunicado.

O ministro dos Assuntos Digitais francês, Jean-Noël Barrot, admite mesmo que os modelos já vendidos no mercado tenham de ser devolvidos. "Tenho confiança no sentido de responsabilidade da empresa em cumprir as nossas regras. A minha missão é aplicá-las. Se não o fizer, estou pronto para ordenar a recolha dos iPhone 12 em circulação", revelou em entrevista ao Le Parisien.

O anúncio, curiosamente, é feito no dia em que Apple anunciou oficialmente o novo iPhone 15. A Apple apresentou, inclusive, um carregador de bateria universal, para cumprir as regulamentações europeias.

Apple já reagiu

Em declarações à AFP, a Apple garante que o IPhone 12 está certificado e é compatível com os padrões definidos por diversas organizações internacionais. A empresa indicou também que enviou à ANFR os resultados de estudos laboratoriais independentes, realizados por empresas externas, para comprovar que os seus dispositivos cumprem as normas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avança, que apesar da preocupação, “atualmente não há indicação de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade seja perigosa para a saúde humana”, mesmo já tendo sido feita "muita investigação”.

[notícia atualizada às 8h50]