À entrada para o encontro, o ministro das Finanças alemão já elogiara Portugal, considerando que a intenção do Governo de pagar antecipadamente 10 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) demonstra que o programa de assistência português "é uma história de sucesso".
Questionado sobre se é de desconfiar dos elogios de Schäuble, o ministro português disse que nunca se deve "desconfiar de elogios, principalmente quando lhes é reconhecido mérito".
"E é verdade que no crescimento económico, no crescimento do emprego, na queda do desemprego, na estabilização do sistema financeiro, através de captação de capital para a generalidade da banca portuguesa, se conseguiu mais neste ano e meio (que nos anteriores), em particular na credibilidade, porque atingir as metas é aquilo que dá credibilidade a um país, e Portugal finalmente atingiu as metas a que se propôs, exactamente na medida em que se propôs (...) Cumprimos e isto muda tudo", declarou.
Sobre se o relacionamento com o ministro alemão é agora melhor, retorquiu que "a relação com Wolfgang Schäuble sempre foi uma relação profissional, de dois ministros das Finanças de dois países que obviamente se respeitam".
"Tínhamos e mantemos opiniões distintas sobre algumas das questões que se põem à Europa, mas isso não impede de todo que colaboremos de uma forma muito construtiva na sua construção. O que se trata aqui é de reconhecer que Portugal tem um desempenho muito positivo em muitas áreas, e é isso que esses comentários revelam", concluiu.
Depois de participar na reunião do Eurogrupo, Centeno estará presente na sexta-feira na reunião alargada aos 28, o Conselho Ecofin, que vai formalmente aprovar a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, seguindo a recomendação do mês passado da Comissão Europeia.