França em alerta para novos ataques nos próximos dias ou semanas
16-11-2015 - 09:56

O alerta foi deixado pelo primeiro-ministro francês, acrescentando que os atentados de Paris foram planeados a partir da Síria.


O primeiro-ministro francês disse que a França e a Europa têm de se preparar para a possibilidade de novos atentados terroristas e que os ataques de sexta-feira em Paris foram planeados a partir da Síria.

Manuel Valls sublinhou que a França ainda pode voltar a ser alvo de ataque "nos próximos dias, nas próximas semanas".

"Sabemos que estão a ser preparadas operações não só contra a França, mas contra outros países europeus. Vamos viver muito tempo com esta ameaça, temos de estar preparados", disse o primeiro-ministro francês à rádio RTL, garantindo ainda em "novas réplicas" por parte da França

Segundo Valls, os atentados de Paris da sexta-feira passada foram "organizados, pensados, planeados a partir da Síria".

O primeiro-ministro confirmou ainda que a polícia efectuou várias buscas durante a madrugada desta segunda-feira em várias cidades de França.

Em Lyon, no centro-leste de França, foi apreendido armamento e outro equipamento, incluindo lança-rockets, coletes à prova de bala, pistolas e uma espingarda de assalto Kalachnikov.

Desde os atentados de sexta-feira foram já realizados "mais de 150 buscas" e detidas nove pessoas.

O balanço oficial provisório dos mortos nos atentados de Paris mantém-se nos 129 e não em 132, como dava conta um comunicado do organismo gestor dos hospitais da cidade, que indicava mais três feridos falecidos. Entre as vítimas mortais contam-se dois portugueses.

O autodenominado Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris.

Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".