Novos ataques a Gaza terão destruído 150 estruturas subterrâneas do Hamas
28-10-2023 - 09:16
 • Catarina Santos , enviada especial ao Médio Oriente

Israel continua a recusar a entrada de combustível na Faixa de Gaza, numa altura em que os hospitais estão a ficar sem eletricidade.

A intensificação de bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza na madrugada deste sábado terá resultado na destruição de 150 estruturas subterrâneas do Hamas e matado alguns responsáveis do grupo de militantes islamitas.

Entre os mortos conta-se o responsável pelos serviços aéreos do Hamas, Abu Raffa, que terá comandado o lançamento de drones no ataque de 7 de outubro contra o Estado hebraico.

O nome do homem foi transliterado como Asem Abu Rakaba num post das IDF no "X" e Ezzam Abu Raffa numa outra tradução de um post do porta-voz das IDF, o contra-almirante Daniel Hagari.

Esta operação está a ser mais longa do que as que tinham ocorrido nos dias anteriores, que tinham sido bastante mais cirúrgicas.

De acordo com relatos que chegam dos residentes da Faixa de Gaza, os ataques por ar, terra e mar ao longo da madrugada foram os piores desde o início da guerra há 22 dias. Os civis falam em bombardeamentos incessantes, sobretudo no norte do território. Não é certo ainda quantas vítimas terão resultado desta intensificação da ofensiva.

As comunicações com as equipas médicas em Gaza estão praticamente cortadas desde o início da ofensiva israelita. Na última noite, as forças de defesa de Israel (IDF) disseram também que, esta manhã, querem aumentar a quantidade de ajuda humanitária que pode entrar no enclave palestiniano, numa tentativa até de convencer mais palestinianos a moverem-se para o sul do território.

Israel continua, contudo, a recusar a entrada de combustível por receio de que seja desviado pelo Hamas. Há relatos de que vários hospitais em Gaza já não têm como manter os serviços a funcionar por falta de eletricidade.

[Notícia atualizada às 10h24 com informação sobre tradução do nome do responsável pelo lançamento dos drones]