Montenegro e o PRR. UE “não tem sido suficientemente enfática” sobre “erro” do Governo
26-10-2023 - 12:25
 • Pedro Mesquita , Cristina Nascimento

Em Bruxelas, presidente do PSD considera ainda que as recentes declarações de Guterres prejudicam a capacidade de intervenção da ONU na guerra entre Israel e o Hamas.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, criticou esta quinta-feira a Comissão Europeia por não ser “suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia que o Governo português segue” na aplicação dos fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em declarações feitas aos jornalistas em Bruxelas, no âmbito do Conselho Europeu, Montenegro considera que “impunha-se uma palavra de maior exigência” da parte de Bruxelas.

No entender do social-democrata, o executivo comunitário devia “incentivar o Governo português a dar à economia portuguesa condições para que possa gerar mais crescimento”.

Montenegro critica aquelas que têm sido as opções do executivo liderado por Anrónio Costa na gestão dos fundos que têm vindo da Europa.

“Em Portugal nós estamos a utilizar o maior instrumento de financiamento que tivemos na nossa história desde que entrámos na União Europeia, o PRR, para sobretudo direcionar esse dinheiro para suprir as lacunas de investimento público dos últimos oito anos de governos socialista”, acusa.

Nas mesmas declarações, Montenegro considerou ainda que o recente discurso de António Guterres sobre a guerra entre Israel e o Hamas prejudicam a "capacidade de intervenção das Nações Unidas" no conflito a decorrer na Faixa de Gaza.

"Não foi o melhor momento do secretário-Geral das Nações Unidas", disse Montenegro, acrescentando que prejudicou "a forma como as Nações Unidas e o seu secretário-geral podem intervir num conflito que é da máxima importância".