A Ucrânia admitiu a morte de cerca de 9.000 dos seus soldados desde o início da invasão russa, há seis meses, enquanto a UE pondera uma missão de "treino" para o exército ucraniano face a uma “guerra duradoura”.
Falando num fórum em Kiev, o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaluzhny, considerou que as crianças ucranianas precisavam de uma atenção especial porque os seus pais tinham ido para a frente de combate e "estavam provavelmente entre os quase 9.000 heróis que foram mortos".
Esta é uma das poucas declarações de oficiais ucranianos sobre as suas perdas militares na guerra, iniciada em 24 de fevereiro por Moscovo e que deixou a Ucrânia num estado de destruição.
A estimativa anterior foi feita em meados de abril, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que 3.000 militares ucranianos tinham sido mortos e cerca de 10.000 feridos.
Entretanto, enquanto muitos países europeus fornecem equipamento militar à Ucrânia, a União Europeia (UE) está a considerar organizar uma missão de "formação e assistência" ao exército ucraniano nos países vizinhos, disse o chefe diplomático da EU, Josep Borrell.
A proposta será discutida na próxima semana em Praga, no Conselho de Ministros da Defesa da UE.
"Uma guerra que está a decorrer e parece provável que continue requer um esforço não só em termos de fornecimento de equipamento, mas também de treino e assistência na organização do exército", comentou, numa conferência de imprensa em Espanha.
A guerra provocou 12 milhões de refugiados e de deslocados internos, segundo a ONU. A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.