Sánchez termina campanha com apelo ao voto: “Tudo no vermelho”
22-07-2023 - 00:00
 • Tomás Anjinho Chagas, enviado especial a Madrid

Líder do atual Governo espanhol desvia-se das sondagens e acredita que o PSOE vai vencer a direita e já se refere ao próximo domingo como “uma vitória”.

Veja também:


“Pedro Presidente, Pedro Presidente, Pedro Presidente”, gritavam milhares de apoiantes do PSOE num pavilhão em Getafe, Espanha, no encerramento da campanha dos socialistas. Quem ali entrasse diria que o PSOE segue na frente das sondagens, pela confiança que transpiravam os apoiantes de Pedro Sánchez.

E não foram só os apoiantes, o próprio também foi ao púlpito para reiterar essa convicção: “Há muito interesse na europa e na imprensa internacional em saber o que vai acontecer em Espanha no próximo domingo. Eu posso dizer-vos : vai ganhar o Partido Socialista. O Partido Popular e o Vox vão perder”, disparou o atual presidente do Governo espanhol, numa frase que - como tantas outras - fizeram ressoar aplausos no pavilhão.

Apesar das sondagens, mesmo as proibidas, apontarem para uma vitória do PP, Pedro Sánchez aposta todas as fichas numa “remontada” que impeça a direita de chegar à Moncloa. E até já se refere ao resultado do próximo domingo como uma “vitória”.

Esta vitória no dia 23 de julho vai ser a vitória das mulheres contra o machismo. Vai ser a vitória da cultura contra a censura. A vitória da ciência contra os anti-vacinas”, vaticina Pedro Sánchez.

Acompanhado pela mulher, Maria Begoña Gómez, a quem deu um beijo no final do discurso, e de figuras de peso socialistas como Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica; o chefe do executivo espanhol foi acarinhado pelo público e a ele deixou o apelo: “O avanço socialista é imparável, por isso, a única coisa que vos peço é que no próximo domingo apostemos tudo no vermelho”, pediu Pedro Sánchez numa altura em que os trackings diários, publicados pela revista australiana The Adelaide Review, mantêm a direita à frente, mesmo que com um ligeiro deslize do Vox.

A eventual viragem à direita pode prender-se com uma maior mobilização do eleitorado de direita, e nesse sentido, Sánchez apela a que ninguém fique em casa no próximo domingo. “É só um dia e em quatro anos travamos o retrocesso”, promete o presidente do governo espanhol, que sentencia: “Vamos travar a direita e a extrema-direita”.