Loures promete acompanhar as 99 pessoas que vão ser despejadas
12-12-2024 - 15:30
 • Carla Fino

A vice-presidente da Câmara de Loures, Sónia Paixão (PS), assegurou hoje que a autarquia está a acompanhar 99 pessoas que vão ser desalojas das habitações precárias em que residem e que terão respostas sociais.

A Câmara Municipal de Loures garante que está a acompanhar todos os moradores que se encontram em habitações ilegais em Santa Iria da Azoia. A vice-presidente da autarquia, Sónia Paixão, disse, em declarações aos jornalistas, que todos os casos estão identificados e a ser acompanhados para que seja encontrada a melhor solução.
Em causa estão 99 pessoas que vão ser desalojas das habitações precárias em que residem, uma vez que serão demolidas 15 casas autoconstruídas, além de estar previsto o despejo de nove apartamentos num bairro clandestino daquela freguesia de Loures, onde os moradores são na sua maioria imigrantes.

A demolição chegou a estar prevista para esta quinta-feira, mas a autarquia garantiu que, afinal, não irão acontecer no imediato, já que o objetivo "é encontrar uma resposta social para estes moradores".

Sónia Paixão, que tem também o pelouro da Habitação, esclareceu que as habitações que serão demolidas "não cumprem nenhuma regra" do regime jurídico de urbanização e edificação, além de não oferecerem "dignidade" aos moradores. "São questões que põem em causa a saúde pública e a segurança destas pessoas. Este executivo disse que privilegia a dignidade das pessoas e uma habitação condigna", afirmou.

Em relação aos 99 moradores, Sónia Paixão afirmou que foi acionada a assistência social para todos e, a partir daí, será percebido que tipo de ajuda cada uma das pessoas precisa. "Destas 99 pessoas, 79 têm residência em outros concelhos ao longo do país e vieram construir aqui nos últimos meses. Não somos indiferentes, mas não podemos deixar proliferar construções de caráter precário."

A ideia é dar prioridade aos casos de maior vulnerabilidade, procurando soluções ao abrigo de vários programas.

De acordo com a associação Vida Justa, que denunciou o caso, entre estes moradores que vão ser despejados estão 21 crianças, quatro pessoas doentes e uma mulher grávida.