PJ deteve na Alemanha suspeito de liderar rede de fraude com cartões bancários
13-12-2023 - 20:26
 • Lusa

A PJ adiantou que no âmbito da operação "foram concretizadas buscas e a detenção do suspeito, o qual aguardará decisão da medida de coação, até à decisão de extradição para Portugal". .

Um cidadão residente na Alemanha, suspeito de ser um dos líderes de uma rede de fraude com cartões bancários e pagamentos eletrónicos, foi hoje detido em Hamburgo numa operação que juntou a Polícia Judiciária (PJ) e a polícia alemã.

A operação, denominada "FinalPay2", dá continuidade a outra, desencadeada em fevereiro deste ano, designada "FinalPay", no âmbito da qual a PJ e a PSP detiveram sete suspeitos de crimes de abuso de cartão, dispositivos ou dados de pagamento, falsidade informática e branqueamento, com o valor da fraude a superar os 300 mil euros.

"(...) a Polícia Judiciária/UNC3T (Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica) acompanhou hoje as autoridades policiais alemãs (Polizei Hamburg - LKA 1B -- SG5) numa operação que visou a realização de buscas e detenção de um cidadão de 31 anos de idade, residente em Hamburgo, suspeito de ser um dos mentores do projeto criminoso, concretizado pelos suspeitos anteriormente detidos", anunciou a PJ em comunicado.

A PJ adiantou que no âmbito da operação "foram concretizadas buscas e a detenção do suspeito, o qual aguardará decisão da medida de coação, até à decisão de extradição para Portugal". .

O comunicado precisa que "no âmbito de diligências complementares e vasta análise de informação foi identificado o suspeito" agora detido e "determinado o seu paradeiro, existindo fortes indícios de ter sido o organizador das atividades criminosas concretizadas em território nacional".

Os indícios motivaram o pedido de "emissão de Mandados de Detenção Europeu, buscas domiciliarias e a viaturas", uma "sugestão acolhida" pelo Departamento de Investigação e Ação Penal, titular do inquérito, tendo sido "pedida a colaboração às autoridades judiciais alemãs através da EUROJUST".

Em fevereiro, os sete suspeitos detidos em Portugal ficaram em prisão preventiva.

Na altura a PJ adiantou que a investigação envolveu a "identificação e centralização de várias queixas-crime que se encontravam dispersas por várias comarcas do país", acrescentando em comunicado que a investigação tinha resultado na "identificação de todos os elementos e de toda a atividade do grupo criminoso, quer na componente do uso abusivo de meios de pagamento eletrónicos, quer na parte da prática de vários crimes de roubo".