A Cimeira Social da União Europeia só arranca formalmente na sexta-feira, mas António Costa já fez o primeiro discurso, no Porto. O primeiro-ministro falou aos sindicalistas de toda a Europa para sublinhar que o plano de resposta económica e social à pandemia não poderá resumir-se a um mero pacote de boas intenções.
Na Confederação Europeia de Sindicatos, Costa disse logo a abrir, e sem rodeios, que é preciso agir.
"Precisamos de passar das palavras aos atos, fazermos juntos com que o pilar europeu dos direitos sociais se torne numa realidade para os nossos cidadãos", afirmou o primeiro-ministro.
Para agir, diz António Costa, é necessário estabelecer prioridades, sendo que para o líder do Governo “é preciso dar atenção às condições precárias de trabalho e à igualdade de género. "Temos que regular as novas formas de trabalho como o teletrabalho e trabalho pelas plataformas digitais. Temos que garantir acesso universal a cuidados de saúde de qualidade, temos que proteger empregos e apoiar os desempregados e reforçar a luta contra a pobreza, também entre as crianças", vincou.
O primeiro-ministro centrou-se na importância das transições para a economia verde e digital, mas lembrou que tem de ser dada resposta à ansiedade e receio de milhões de pessoas, em toda a europa.
Aos sindicalistas europeus, António Costa sublinhou que este pode ser um momento histórico, que a oportunidade que não deve ser perdida, porque é preciso alcançar um objetivo comum: uma recuperação justa, verde e digital.