O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que, no âmbito do caso do furto das armas de guerra dos paióis de Tancos, “o Ministro da Defesa tem parecido um comediante”.
O tema esteve em discussão no habitual espaço de debate no programa Carla Rocha – Manhã de Renascença, depois de ontem terem sido feitas várias detenções de suspeitos relacionados com o caso, entre eles o diretor da Polícia Judiciária Militar.
Até agora, foram detidas oito pessoas: quatro militares da Polícia Judiciária Militar, entre os quais se encontra o diretor desta polícia, três militares da GNR e um outro suspeito.
O Ministério Público também pede a detenção de um nono homem, que se encontra em missão na República Centro-Africana.
Henrique Raposo considera ainda que o caso de Tancos, assim como o desaparecimento de 57 armas glocks das instalações da Direção-nacional da PSP, são evidências do “colapso do Estado”.
“Paga-se o salário aos funcionários públicos, mas depois não há dinheiro para as funções básicas do Estado”, diz, dando como exemplo que não há verbas para “portas blindadas, sensores ou câmaras”.
Também sobre este caso, Jacinto Lucas Pires destaca, pela positiva, o facto de “a justiça estar a funcionar”, mas, pela negativa, os suspeitas de “cumplicidade de elementos das forças da autoridade ao mais alto nível”.