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O Presidente da República confirmou que se reuniu esta sexta-feira à tarde com o governador do Banco de Portugal (BdP), afirmando que no encontro não foi debatida a Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas sim a situação económica europeia.
"Vou convocar um Conselho de Estado para tratar da situação económica e financeira europeia, e acho que é muito importante ouvir com antecedência o governador do BdP acerca do que se passa na Europa", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
O chefe de Estado falava em Lisboa, na Faculdade de Direito da Universidade da capital, à entrada para um jantar dos 50 anos do curso de 1966 daquela faculdade.
O Conselho de Estado, órgão consultivo de Belém, irá reunir-se a 11 de Julho para debater "a situação política internacional e suas incidências em Portugal", foi confirmado na quinta-feira.
O "Expresso" noticiou esta tarde que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o governador do BdP, Carlos Costa, em Belém, com a CGD a integrar a agenda.
Questionado pelos jornalistas sobre confirmava a inclusão do banco público português na conversa mantida com Carlos Costa, Marcelo foi peremptório: "Não. [A conversa] tem a ver com a situação económica e financeira europeia que realmente vai condicionar a situação portuguesa e que vai ser determinada, como imagina, por alguns votos a meio da semana que vem, no final da semana que vem".
O Presidente da República aludia ao referendo sobre a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia, referendo esse que se realizará na quinta-feira.
Já sobre a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito dedicada à CGD, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que essa é uma matéria "da competência" exclusiva do parlamento.
"É uma competência de um órgão independente do Presidente da República, portanto o Presidente da República ficaria muito mal se se pronunciasse contra ou a favor de uma comissão parlamentar de inquérito", sustentou.
Maria Leonor Beleza, João Soares e Jorge Braga de Macedo são alguns dos presentes no encontro de hoje de antigos alunos do curso de 1966 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Por sugestão de Marcelo Rebelo de Sousa, foi convidado o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, sobrinho do Professor Castro Mendes, que o curso vai esta noite homenagear.