O treinador Carlos Carvalhal garante que só sai se o Sp. Braga entender fazer um "bom negócio" ou prescindir dele, esperando uma reação forte diante da Belenenses SAD à goleada sofrida com o Boavista.
Reconhecendo que "ninguém está contente" no clube depois da pesada derrota por 5-1 no Estádio do Bessa, na quinta-feira, que afastou a equipa da “final four” da Taça da Liga, Carvalhal disse que "no futebol e na vida todos caem, mas os mais fortes são os que se levantam mais rapidamente", esperando uma reação dos jogadores já no domingo, na receção à Belenenses SAD, na 15.ª jornada da I Liga.
Questionado sobre se a indefinição em torno da sua continuidade, nomeadamente em relação ao alegado interesse do Flamengo, pode intranquilizar os jogadores, Carlos Carvalhal referiu que estes são profissionais e têm que saber lidar com isso.
"Tenho contrato com o Sp. Braga, já tive várias abordagens, não sei se tiveram sequência ou não, mas qualquer acordo terá que passar pelo Braga, estou nas mãos do meu presidente. Estou focado no meu trabalho e no jogo de amanhã [domingo], creio que os jogadores também. São questões laterais, notícias que umas são verdade outras especulativas, faz parte, tens que saber lidar com isso e os jogadores são profissionais, estão focados na tarefa e não abanam por uma ou outra notícia que possa sair", disse.
Carlos Carvalhal disse ainda que só sai do Braga por duas razões: "para sair de um clube que é a minha pele e a minha casa só se o clube entender que pode fazer um bom negócio ou que não devo continuar ao serviço do clube. Estou a cumprir o meu contrato, a fazer o meu melhor", disse.
Os minhotos não vencem há três jogos, depois da goleada diante do Boavista, da derrota para o campeonato com o FC Porto (1-0), no Dragão, e do empate caseiro com o Estrela Vermelha (1-1), na Liga Europa.
"No plano coletivo, sem dúvida que sentimos muito o resultado [com o Boavista] e tudo aponta para uma boa resposta da equipa, de entrega e de querer vencer o jogo", disse.
Já em "termos pessoais", Carlos Carvalhal destacou os aplausos que disse ouvir dos adeptos 'arsenalistas' no final do jogo com os axadrezados como "o mais emocionante" desde que está no clube.
"Esse sentimento dos adeptos, uma demonstração daquelas, deu-me um querer muito grande de vencer o próximo jogo. Sempre disse que o Braga é a minha pele. Mas, mais importante que o meu sentimento, é a cabeça dos jogadores quererem dar uma resposta o mais rápido possível", disse.
Já depois de não se ter qualificado diretamente para os oitavos de final da Liga Europa, por ter ficado em segundo lugar no grupo, o Sporting de Braga falha a “final four” da Taça da Liga.
"Se era nossa obrigação ficar em primeiro lugar dos grupos? Não gosto de olhar para o vizinho, mas o FC Porto também foi eliminado pelo Santa Clara [Taça da Liga], porque neste sistema basta um desequilíbrio e já não se está na fase final, e não se viveu este dramatismo. Na Liga Europa, sim, o objetivo era ficar em primeiro lugar, mas passámos aos 16 avos, tal como no ano passado, ficámos num lugar que não era o que queríamos, mas estamos na competição", disse.
O treinador notou ainda: "Não jogamos sozinhos e as equipas têm competência."
"Não podemos é dar a imagem que demos com o Boavista, temos que ser mais fortes, mais competitivos, mais assertivos e mais focados, para não cometer os erros que cometemos", disse.
David Carmo, Castro, Sequeira, Galeno e Vitinha estão lesionados e não podem jogar diante da Belenenses SAD, que vem de três derrotas seguidas e é último classificado, apenas com uma vitória e com o pior ataque da prova (sete golos).
Sp. Braga, quarto classificado, com 25 pontos, e Belenenses 18.º e último, com oito, defrontam-se a partir das 21h00 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Luís Godinho, da associação de Évora.