A Diocese de Setúbal rejeita a tese de “ocultação” ou “encobrimento” no tratamento de uma denúncia de alegado abuso de menores.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a diocese reage às notícias sobre a atuação do bispo emérito de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis, em relação a uma denúncia.
A Diocese de Setúbal confirma que existiu, entre 2008 e 2015, “uma investigação canónica a um padre diocesano, motivada por queixas de abuso sexual de menores”.
O processo canónico foi organizado por D. Gilberto Canavarro dos Reis, “tendo sido ouvidas todas as partes envolvidas, ou seja, o alegado perpetrador e as alegadas vítimas”.
O comunicado esclarece que “durante o tempo em que decorreu a investigação, o sacerdote em causa foi suspenso das suas funções”.
Após a conclusão do processo, “o decreto emanado pela Santa Sé ilibou o padre e permitiu que voltasse a exercer o seu ministério, com o ofício de pároco”.
“A Diocese de Setúbal não se revê nas expressões ‘ocultação’ ou ‘encobrimento’, dado que o processo de averiguação decorreu no cumprimento das orientações canónicas e civis em vigor à data”, sublinha a nota.
A diocese sadina reafirma o seu empenho, através da sua Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, em “promover um ambiente de segurança, são relacionamento e cuidado dos mais novos e mais frágeis; em prevenir comportamentos atentatórios da dignidade destas pessoas; e em acolher e cuidar daqueles que possam ser vítimas de abuso e comportamentos desviantes”.