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Cerca de 2,4 milhões de australianos descarregaram a app estatal de rastreio de contactos no âmbito da pandemia do novo coronavírus, de acordo com o ministro da Saúde da Austrália, Greg Hunt.
A "COVIDSafe", aplicação desenvolvida para "smartphones", usa um sinal de Bluetooth para trocar um "passou-bem digital" com outro utilizador, quando as duas pessoas estão a 1,5 metros de distância. A aplicação cataloga o contacto e encripta-o, e os utilizadores serão notificados se tiverem estado mais de 15 minutos em contacto próximo com outro utilizador que tenha testado positivo à Covid-19.
De acordo com Greg Hunt, a Austrália conta com 6.727 casos confirmados do novo coronavírus, dos quais resultara 85 mortes. O ministro da Saúde australiano acredita que o país está a conseguir "não só aplanar a curva, mas consolidá-la, estendê-la e segurá-la".
Portugal também tem "app" em perspetiva
Em Portugal, o Governo tem uma "app" em desenvolvimento desde março. A "monitor4Covid19", apresentada na segunda-feira, pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC Tec), alerta quem a utilizar se esteve em contacto próximo com alguém infetado com o novo coronavírus.
Ideia que não tem sido recebida de forma unânime, dado que cria preocupações relativamente à privacidade. O vice-presidente da Associação D3 - Defesa dos Direitos Digitais, Ricardo Lafuente, disse à Renascença que uma "app" do género, de "vigilância tecnológica", seria "catastrófico para a proteção de dados" e de "eficácia limitada".
“Se o Governo agora dissesse que tínhamos de instalar uma câmara à porta, ou até dentro de casa, para verificar que não estamos a violar a quarentena, seria uma medida autoritária”, afirmou o ativista digital.
Contudo, também em declarações à Renascença, Rui Carlos Oliveira, administrador do INESC Tec que coordena os trabalhos de desenvolvimento da "monitor4Covid19", garante que, "uma vez instalada, a aplicação não solicita quaisquer dados à pessoa, nem sequer autorização para obter dados do próprio telemóvel".
Há mais de três milhões de pessoas, em todo o mundo, infetadas com o novo coronavírus, responsável pela Covid-19. Doença que já matou mais de 210 mil pessoas e da qual quase 900 mil recuperaram.