“A Rússia sem vergonha violou a Carta da ONU” e quer "extinguir a Ucrânia", declarou esta quarta-feira o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Num discurso na 77.ª assembleia geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Joe Biden afirmou que "a Rússia está a organizar referendos fictícios” nos territórios ocupados na Ucrânia.
O Presidente norte-americano responde assim ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, que esta quarta-feira anunciou uma nova escalada da guerra na Ucrânia, com a mobilização de mais 300 mil militares.
Joe Biden considera que “ninguém ameaçou a Rússia" e que "ninguém para além da Rússia procurou um conflito”.
"A Ucrânia tem os direitos de uma nação soberana, vamos manter-nos solidários contra a agressão russa", prometeu.
O Presidente norte-americano defende que a Rússia agravou o problema da insegurança alimentar no mundo, com a invasão da Ucrânia, e considera que "alimentar o mundo é uma prioridade".
A invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, voltou a colocar o mundo perante a ameaça de uma guerra nuclear. Biden alerta que ninguém vai ganhar uma guerra com armas atómicas.
"Não importa o que mais esteja a acontecer no mundo, os Estados Unidos estão prontos para adotar medidas críticas de controlo de armas", afirmou.
"Não vamos hesitar em defender princípios da ONU"
Noutro plano, Joe Biden manifestou o seu empenho com a defesa das metas de redução de emissões de CO2 e declarou que o mundo deve "fazer marcha atrás neste desastre climático".
O líder norte-americano argumentou também nas Nações Unidas que "nenhum país deve usar a energia como chantagem".
Joe Biden falou também sobre o estado atual das relações entre os Estados Unidos e a China.
"Há alterações nas tendências geopolíticas e nós vamos agir como um líder razoável. Não procuramos conflitos nem uma guerra fria, não pedimos a nenhuma nação que escolha entre os EUA ou qualquer outro parceiro, mas os EUA vão continuar a promover um mundo livre e próspero", declarou.
O Presidente dos Estados Unidos compromete-se em defender os princípios da ONU, de segurança e liberdade para todos. "Nós não vamos hesitar em defender esses princípios perante ameaças ao nosso mundo e vamos liderar com a nossa democracia para a resolução pacífica de conflitos", frisou.
Joe Biden reafirmou a posição norte-americano em relação à política de "Uma China", que "tem evitado problemas há décadas".