Há condições para que o salário mínimo nacional ultrapasse os 600 euros já no próximo ano, diz José Abraão, presidente da Fesap.
“Aprovámos uma proposta para aumento do salário mínimo nacional para 615 euros, porque acreditamos que as empresas e os empregadores reúnem hoje melhores condições no que diz respeito ao aumento do salário mínimo superior ao que se ia falando, que eram os 600 euros”, avança à Renascença.
O presidente da Federação de Sindicatos da Administração Pública diz não ter, portanto ter ficado surpreendido com as declarações do líder dos patrões António Saraiva, em entrevista à Antena 1 e ao “Negócios”, no sábado.
O presidente da CIP afirmou que as confederações patronais vão “surpreender a sociedade” em 2019 e que poderão avançar uma proposta na próxima discussão sobre o salário mínimo.
José Abraão admite que a convergência de posições é fruto do bom ambiente que se vive na concertação social, ainda que a CGTP se mantenha à margem.
“Já é recorrente, por parte da CGTP, que se ponha à margem quando há processos negociais que são mais complexos e que era importante aproximar posições”, considera o sindicalista.
O presidente da Fesap defende o reforço da negociação coletiva, “porque cada vez que se faz um acordo os trabalhadores beneficiam”.