Vestido a rigor, com a sotaina preta bordada a carmim, D. Américo Aguiar explicou esta sexta-feira aos jornalistas que se deslocaram à sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, que "trouxe a farda" porque ainda hoje vai "visitar os jovens de Israel e da Palestina que não podem vir à jornada", que começa a 1 de agosto, na capital portuguesa.
À semelhança do que aconteceu recentemente com a visita à Ucrânia, a deslocação foi anunciada praticamente horas antes de acontecer, com o Bispo Auxiliar de Lisboa a referir que quer dar "um sinal" e "ir ao encontro de jovens que, por razões diversas, mais ou menos conhecidas de todos, infelizmente não podem participar na jornada" em Lisboa.
É um "sinal" agora dado à "Terra Santa com especial significado", explica o presidente da Fundação JMJ.
"Sendo este evento um testemunho de Cristo, nada como ir à terra do Patrão para, de modo especial, estarmos próximos destes jovens", começou por explicar D. Américo Aguiar, no início de uma visita de uma delegação do PS às instalações da sede da Jornada.
Aos jovens israelitas e palestinianos que partilham o mesmo território, Israel, o bispo auxiliar de Lisboa quer dizer "como era bom que um dia, numa JMJ não muito longínqua, nenhum jovem do mundo tivesse obstáculo para participar na JMJ, nem obstáculo económico, ideológico, nem obstáculo de segurança, que não existisse nenhum obstáculo a não ser a vontade de participar ou de não participar".
Aos jornalistas, D. Américo fez ainda questão de reforçar que "é essa a mensagem" que leva a Israel e que também quer "trazer para os jovens do mundo inteiro", que "já começam a desaguar" em Lisboa.