O Presidente da República aproveitou a abertura do ano judicial para elogiar o pacto da Justiça, com 89 medidas propostas pelos agentes do sector, e desafiar os políticos a acolherem as propostas.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que o poder político só ganha em contar com a energia vital dos actores da justiça. “Os acordos a que foi possível chegar há escassos dias merecem uma palavra de reconhecimento, como cidadão e Presidente da República”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O pacto da Justiça traz “originalidade, trabalho, empenho, abertura ao diálogo, preocupação com alguns temas prementes, arrojo, semente de futuro”, defendeu o chefe de Estado.
Marcelo sublinhou que esta “postura de interesse colectivo evitou chamar à colação matérias a justo título relevantes de estatuto e dignificação das magistraturas”.
Para o Presidente da República, “o poder político só ganha em contar com a energia vital daqueles que têm a vida permanente ligada à efectivação da justiça. Portanto, há que aproveitar estes ventos e não perder tempo”.
“Debatamos como garantir mais rigorosa legislação e do sistema de justiça, que só ganha com a feliz iniciativa acabada de anunciar de procurar aferir a confiança pública na justiça”, afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a importância de responder aos problemas do dia-a-dia, mas também olhar para o futuro.
“Avancemos com medidas urgentes em áreas em que a necessidade é mais visível, não esqueçamos nunca os candentes problemas do quotidiano, mas dêmos passos conjuntos, corajosos e consistentes a pensar no médio e longo prazo”, referiu na abertura do ano judicial.