“Quanto mais regularmos a inteligência artificial, menos inovação vai existir”. A ideia foi defendida este terça-feira, no Palco Central da Web Summit, pelo investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Andrew McAfee, numa apresentação sobre regulação da Inteligência Artifical.
Este investigador reconhece que há um “acesso generalizado a tecnologia poderosa” e que esse cenário traz alguns riscos, mas considera que, ainda assim, há mais vantagens num ambiente mais livre.
McAfee dá como exemplo o trabalho que durante anos foi desenvolvido sobre a tecnologia mRNA e que permitiu desenvolver em tempo recorde vacinas contra a Covid. “Houve uma altura inicial da investigação que parecia que esta tecnologia não ia ser segura. Devemos estar todos gratos por ter sido permitido que os trabalhos nesta área continuassem”, diz McAfee, lembrando que assim foi possível que “o tempo difícil da Covid fosse muito mais curto”.
McAfee argumenta ainda que há outras áreas do conhecimento e da sociedade que não são reguladas e que representam igual ou maior risco.
“Por exemplo, quando alguém estuda, por exemplo, no MIT, ninguém lhes pergunta se o conhecimento que vão adquirir só vai ser usado para o bem”, argumenta.