A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou esta segunda-feira que as seguradoras pagaram mais de 11 milhões de euros em indemnizações, por danos cobertos por contratos de seguro, relativos aos incêndios que ocorreram, em Portugal, nos meses de julho e agosto.
Em comunicado, a APS revela que chegou a este montante, depois de um inquérito às seguradoras, concluindo que Leiria, é o distrito com mais ocorrências participadas nos incêndios do verão.
“Leiria mantém-se como o distrito com mais sinistros participados. Já os sinistros que envolvem maiores prejuízos foram participados nos distritos de Faro e de Aveiro”, divulga a APS, neste balanço final.
A quase totalidade dos prejuízos reportados, lê-se, “é referente a seguros de multirrisco, com maior predominância em Comércio e Indústria (51%) seguido de Habitação (37%)”.
A época considerada mais crítica de incêndio terminou em 30 de setembro, com registo de quase 110 mil hectares de floresta queimada, valor mais elevado desde 2017, e quatro mortos.
Nos últimos três meses, o dispositivo de combate esteve na sua capacidade máxima, com 12.917 operacionais, 3.062 equipas, 2.833 veículos e 60 meios aéreos.
Durante esta época de fogos, considerada a mais crítica, arderam milhares de hectares, nomeadamente na região da Serra da Estrela, um incêndio que durou 11 dias em agosto e consumiu mais de 28 mil hectares, dos quais cerca de 22 mil só no parque natural.
No total e desde 1 de janeiro deflagraram 10.155 incêndios que consumiram 109.846 hectares de florestas, a maior aérea ardida desde 2017 e o quarto valor mais elevado da última década, depois de 2017, 2016, 2013 e 2012.