A urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, não está esta terça-feira a receber ambulâncias com doentes de fora da área.
Uma situação que acontece, segundo o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, depois de uma segunda-feira caótica, com muitas ambulâncias retidas por falta de macas.
Rui Lázaro diz que a situação é recorrente, mas ontem foi particularmente grave.
“Foi um dia caótico no Hospital Garcia de Orta, várias ambulâncias ficaram retidas por falta de maca. Duas ambulâncias do INEM ficaram retidas: uma delas entre as 15h22 e 21h40 e a outra ficou o turno todo da tarde, das 16h00 à meia-noite, sem conseguir libertar a sua maca. A maca só foi recolhida hoje de manhã.”
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar adianta que, ”tanto quanto sabemos, o Garcia de Orta hoje não está a receber ambulâncias encaminhadas pelo INEM, que estão a ser encaminhadas para outros hospitais”.
Segundo Rui Lázaro, a situação é justificada pela grande afluência de doentes ao hospital que serve uma população de 350 mil pessoas, mas também aponta culpas ao INEM.
“Será falta de macas no hospital, associado à elevada afluência e também a própria descoordenação do INEM, que continua a enviar ambulâncias para todas as situações, inclusive as não urgentes, depois os recursos acabam por se esgotar e as urgências acabam esgotadas”, refere Rui Lázaro.
Fonte hospitalar confirmou, entretanto, à agência Lusa que a urgência geral do hospital de Setúbal está fechada ao CODU e que a urgência do Hospital do Barreiro só recebe ambulâncias da sua área, pelo que o Garcia de Orta neste momento só recebe doentes de Almada e do Seixal.