"Escassez internacional" condiciona vacinação contra HPV em rapazes
01-10-2020 - 17:39
 • Ricardo Vieira

Primeiro grupo a ser convocado são os rapazes que nasceram no 1º semestre de 2009, indica a Direção-Geral da Saúde.

A vacinação de rapazes contra infeções por vírus do Papiloma humano (HPV) vai ser feita de forma condicionado, por fases, devido à “escassez internacional” de vacinas, avança a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Devido à escassez internacional de vacinas contra HPV e no atual contexto, será dada prioridade à vacinação dos rapazes que nasceram no 1º semestre de 2009. Estes rapazes devem aguardar convocatória pelos serviços”, refere a DGS, em comunicado.

As crianças do sexo masculino nascidas no 2º semestre de 2009 e no ano de 2010 deverão aguardar para se vacinarem em 2021, adiantam as autoridades de saúde.

A introdução da vacina HPV para rapazes, aos 10 anos de idade, é uma das novidades do novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entra esta quinta-feira em vigor.

O esquema vacinal recomendado para a HPV é de duas doses com o intervalo de seis meses.

“Aplica-se aos rapazes nascidos a partir de janeiro de 2009, que poderão iniciar ou completar o esquema de vacinação adequado à idade, de acordo com a sua história vacinal. As vacinas entretanto adquiridas na farmácia não são alvo de reembolso”, esclarece a Direção-Geral da Saúde.

Ao abrigo do novo plano, a vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo B (vacina MenB) é alargada a todas as crianças, sendo administrada aos dois, quatro e 12 meses de idade.

Aplica-se a todas as crianças nascidas a partir de janeiro 2019, que poderão iniciar ou completar o esquema de vacinação adequado à idade, de acordo com a sua história vacinal. As vacinas entretanto adquiridas na farmácia não são alvo de reembolso.

“Atendendo ao contexto de pandemia de COVID-19, os serviços de saúde darão prioridade à vacina MenB, uma vez que a maior incidência da doença ocorre nos primeiros dois anos de vida”, explica a DGS.

Por fim, a vacina contra a gastroenterite aguda por rotavírus (vacina ROTA) também será incluída no PNV, sendo administrada a crianças de grupos de risco, a partir de dezembro de 2020. Estes grupos de risco serão definidos através de uma norma a publicar.