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A quatro dias da ida às urnas, a campanha dos partidos nas redes sociais sofreu um abalo com dois novos assuntos a marcar o debate.
À direita, o testemunho do jornalista Paulo Moura sobre uma experiência com Rui Rio, quando o social democrata era ainda presidente da câmara do Porto, veio agitar as águas. O líder do PSD saltou para o topo dos tópicos em destaque no Twitter.
O próprio Rui Rio veio já reagir, através da mesma rede social, e acusou a esquerda de tentar manipular a campanha na reta final. “Um testemunho feito à medida que interessa a quem o fez e com o grau de veracidade que convém aos seus objetivos políticos”, escreveu.
“É o primeiro dia em que surgem assuntos novos [nas redes socias]”, refere Nuno Palma, do Investigador do MediaLab e Professor da ESCS.
“O que se tem destacado nestas eleições é que a televisão se tem assumido como principal fator de popularidade nas redes. Depois dos debates acabarem, tem sido o programa de Ricardo Araújo Pereira a dar os principais contributos para o destaque de determinados candidatos nas redes”, explica o académico.
Foi o caso do João Cotrim Figueiredo, a propósito do viagra da Iniciativa Liberal, e de João Oliveira, cuja entrevista foi também marcada por tiradas de humor que ecoaram nas redes.
Mas se à direita o assunto do momento diz respeito ao líder do PSD, à esquerda, o debate ficou marcado pela entrada de Pedro Nuno Santos na campanha do PS.
Para Nuno Palma, “o Twitter tem sido, sem dúvida, a rede mais profícua neste tipo de debates porque o Facebook continua como sempre estes, dominado pelo Chega, e o Instagram pela Iniciativa Liberal”.
“É no Twitter que vamos ter mais variedades para ir analisando, porque as outras duas redes são muito estáticas neste aspeto”, esclarece.
O investigador adianta que “o PS tem vindo a crescer e o PSD a descer um pouco”. “A IL tem vindo com um crescimento constante, talvez o partido que mais cresceu desde o início da campanha, nas redes sociais”.