Cardeal patriarca de Lisboa pede oração pelos jovens
25-12-2022 - 12:53
 • Inês Braga Sampaio

A reflexão de D. Manuel Clemente incidiu na Carta aos Hebreus.

Na homília da Missa da Solenidade do Natal do Senhor, D. Manuel Clemente lembrou que “precisamos de ouvidos para ouvir deveras o que Deus nos diz no Natal de Cristo”, e pediu por isso para que “rezemos para que assim suceda também com a multidão de jovens de todo o mundo que virão a Lisboa na próxima Jornada Mundial da Juventude”.

“Rezemos para que vivam dias tão preenchidos com a experiência de Cristo Vivo, que depois lhes defina a existência inteira e aonde forem”, exortou.

A reflexão do cardeal-patriarca incidiu na Carta aos Hebreus e em particular na frase "Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo.".

D. Manuel Clemente lembrou que, “bem vistas as coisas, cada tempo é do tamanho da palavra que o preenche”, e que “palavras ocas dão tempos vazios e mesmo perda de tempo”.

Depois o prelado citou o Papa Francisco que “tem insistido” que “é justo e necessário reconhecer que Deus não está ausente de tudo quanto existe de mais autêntico nas várias tradições humanas”.

Na missa do Galo, também na Sé de Lisboa, o Cardeal-Patriarca voltou a alertar para conflito na Ucrânia e para «situações de guerra surda».

Apelando à redescoberta do “essencial”, na celebração do Natal; D. Manuel Clemente afirmou estar convicto “de que agora mesmo, neste ano da graça de 2022, o Natal está a ser muito especialmente vivido por quem se preocupa com os outros e os acompanha e protege. Seja em situações de guerra aberta, como acontece na devastada Ucrânia e noutras partes do mundo; seja em situações de guerra surda, que endurece os corações onde tudo afinal começa, ou se resolve”,

“Seja como for, o Natal acontecerá de verdade onde houver quem se disponha a cuidar de quem precisa”, acrescentou D. Manuel Clemente.

O Cardeal-Patriarca alertou para o risco de “viver exteriormente” a quadra natalícia, “distraídos do essencial” e sem “vislumbrar o presépio” e deixou votos de que a celebração de Natal leve a uma atitude de atenção concreta, “alargando o cuidado daqueles pastores de antanho pelos rebanhos que ali guardavam, noite adentro”.