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Um protesto dos pilotos da companhia aérea low-cost Ryanair, esta sexta-feira, pode afetar cerca de 50 mil passageiros em toda a Europa. São cinco os países em que os pilotos aderem à greve: Irlanda, sede da companhia, Bélgica, Alemanha, Suécia e Holanda.
A paralisação afeta também vários voos com partida ou chegada em Portugal. No aeroporto de Lisboa, três chegadas e três partidas estão já canceladas. São voos de e para os aeroportos alemães de Frankfurt Hahn e Berlim Schoenefeld.
Trata-se de mais um protesto na Ryanair para reinvindicar aumentos salariais e melhores condições de trabalho e que poderá obrigar ao cancelamento de 400 voos em vários países. Só na Alemanha, foram cancelados 250 voos de e para aquele país.
A companhia aérea tem enfrentado várias greves, em diferentes países, desde o início do ano. A 24 e 25 de julho os tripulantes de cabine de Portugal, Itália, Espanha e Bélgica estiveram em protesto durante 48 horas.
Os sindicatos exigem três coisas: a aplicação da lei laboral de cada país, como está consignado no regulamento da União Europeia; reconhecimento os representantes do sindicato como interlocutores básicos; aplicação a todos os trabalhadores que operam nos seus aviões, incluindo os que são de outras companhias como a Crewlink ou a Workforce, os mesmos termos e condições de trabalho.
A Ryanair argumenta que o pessoal de cabine aufere salários excelentes - até 40.000 euros por ano (em países com elevado índice de desemprego jovem), mais do que o salário médio desses países.
Refere ainda que pratica horários líderes de indústria (14 dias de folga por mês), 900 horas por ano, ótimas comissões por vendas, subsídio de uniforme e de custos acidentais de 400 euros ano e baixa de doença paga.