Vacinadas 45 mil pessoas na manhã de sábado. "Estamos a dar uma lição ao mundo", diz Gouveia e Melo
21-08-2021 - 12:13
 • Hélio Carvalho , Sofia Freitas Moreira

A vacinação para os adolescentes entre os 12 e os 15 anos arrancou este sábado e estão agendadas 110 mil pessoas.

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O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo informou este sábado, até às 11h45, que foram vacinadas durante a manhã cerca de 45 mil pessoas contra a Covid-19. No dia em que foi aberta a vacinação para os jovens entre os 12 e os 15 anos, o coordenador da "task force" da vacinação não garantiu que todas as vacinações fossem desses jovens, mas a percentagem "deve rondar os 90%".

Gouveia e Melo falou aos jornalistas durante uma visita a um centro de vacinação em Alcabideche, no concelho de Cascais, e recordou que, também a partir deste sábado, a modalidade "Casa Aberta" passa a estar disponível para todas as pessoas elegíveis.

"Temos casa aberta para a população, portanto, por favor, mais novos e mais velhos, venham", pediu.

O coordenador, que há uma semana enfrentou uma manifestação de negacionistas, reiterou que o negacionismo é muito reduzido em Portugal quando comparado com os restantes países e que Portugal "está a dar uma lição ao mundo".

"Acho que é um povo fantástico, a tal barreira do negacionismo que existe noutros países, é muito pequena em Portugal. É um ato básico de civismo, estamos a dar uma lição ao mundo", disse o militar.

O contraste nas declarações do vice-almirante também foi notório na receção ao centro de vacinação. Se, na semana passada, foi recebido com insultos e gritos como "assassino", desta feita Gouveia e Melo foi recebido com aplausos.

Uma receção que deixou Gouveia e Melo agradecido. "Estes aplausos foram mais para me animar, eu agradeço imenso e fico comovido", admitiu.

Sobre a terceira dose da vacina, uma hipótese cada vez mais considerada pelo Governo e pelas regiões autónomas da Madeira e Açores, o coordenador da "task force" voltou a garantir que há vacinas que chegue, caso a Direção-Geral da Saúde avance com ar recomendação.

"Se isso for decidido, nós temos vacinas disponíveis. Neste momento, estamos a acabar um processo de emergência nacional, um esforço coletivo, incluindo da própria população. E depois passamos para um processo mais normal, e essa terceira dose fará parte desse processo mais normal", concluiu.