A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) pediu nesta sexta-feira à ministra da Presidência que o Governo estabeleça compromissos plurianuais, pois diz que, apesar de os aumentos do salário e do subsídio de refeição, os trabalhadores vão perder poder de compra.
“O que está nas medidas de carácter plurianual é que vai haver um aumento anual de 52,11 euros a todos os trabalhadores no mínimo”, disse aos jornalistas, no final do encontro de negociação suplementar, José Abraão.
“Por isso vão continuar as negociações em outubro e novembro, tendo em vista a valorização das carreiras a que estão associadas algumas valorizações salariais”, adiantou.
A FESAP quer ver como é que o aumento de 104 euros nos assistentes técnicos já em janeiro “se conjuga com, por exemplo, a questão da antiguidade”.
José Abraão considera que a revisão de posição de categorias prevista é muito curta e ressalta que os aumentos, quer dos salários quer do subsídio de refeição no setor público, são uma "aproximação do Governo", mas ainda longe da proposta apresentada pela estrutura sindical.
“Aquilo que o Governo nos diz e está no texto é que se propõe rever a posição 19 e a 23, ou seja, a terceira e a quarta posição remuneratória da carreira técnico superior”, portanto, e dado que a carreira remuneratória tem 14 posições, “aquilo que nós dissemos ao governo foi que, ao ritmo da mexida de duas por ano, até ao final da legislatura, é capaz de ser curto e por isso queremos aqui explorar a possibilidade de irmos mais além”.
O sindicalista disse que estão também preocupados com “o modo como isto impacta com carreiras especiais e se, nessa altura, não se desvirtua, de algum modo, aquilo que aqui está escrito.”