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OO pico da quarta vaga da pandemia terá sido ultrapassado em Portugal a 22 de Julho. É a convicção manifestada esta quarta-feira à Renascença pelo matemático Óscar Felgueiras, um dos especialistas que desenhou o plano de desconfinamento e a matriz de risco, e que colabora com a Administração Regional de Saúde do Norte no combate à pandemia.
Segundo o especialista, "tudo indica que o pico já terá sido atingido", um dia depois da reunião do Infarmed com o Governo.
"Se olharmos para a média de casos diários, ela atingiu um valor de 3327 ao dia 22 [de julho] e, de lá para cá, já houve uma descida de cerca de 12%. Claro que, com os dados do INSA (Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge), teremos uma imagem mais precisa exatamente de quando terá sido passado", esclarece Óscar Felgueiras.
Olhando para os dados, o matemático refere que a descida já se sente em todas as regiões incluindo, com grande probabilidade, o Norte do país, que apresentou uma média semanal acima de mil depois de Lisboa e Vale do Tejo (LVT).
"As primeiras regiões a terem passado são certamente LVT e o Algarve, que apresentam, desde os valores máximos atingidos em termos de média semanal de casos, 17% de descida no caso de LVT e 19% no caso do Algarve", diz Óscar Felgueiras.
Já quanto à região Norte, "também dá ideia de ter atingido o pico". "Houve uma média diária de 1387 casos ao dia 23 e, entretanto, já baixou 9%. É provável que também tenha sido ultrapassado o pico", acrescenta.
Esta quarta-feira, o índice de transmissibilidade, ou R(t), desceu e a incidência subiu apenas de 427,5 para 428,3, valores que poderão apontar para uma estabilização da incidência.