A TAP iniciou o processo de despedimento coletivo, decorrente da restruturação da companhia aérea, no qual estão abrangidos 124 colaboradores. “Trata-se de uma “redução muito expressiva”, diz a companhia aérea.
Segundo a empresa, este número representa um valor 94% inferior ao que se estimava em fevereiro, altura em que se falou no despedimento de dois mil trabalhadores. “A meta inicial de redimensionamento do plano de reestruturação pôde ser ajustada em baixa e permitiu que o número de trabalhadores elegível para medidas unilaterais fosse reduzido para 124 trabalhadores.”
“Esta redução no número de trabalhadores identificados para despedimento coletivo é o resultado de um esforço extraordinário que incluiu a celebração de Acordos Temporários de Emergência com todos os sindicatos, rescisões por mútuo acordo com compensações financeiras acima do legalmente exigido, bem como candidaturas a vagas disponíveis na Portugália, entre outras medidas”, refere o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Vão ser despedidos 35 pilotos (por comparação com o número inicial de 458), 28 tripulantes de cabina (inicialmente eram 747), 38 trabalhadores da área de manutenção e engenharia (face aos 450 iniciais) e 23 trabalhadores na sede da TAP (eram 300 inicialmente).
A companhia, liderada por Christine Ourmières-Widener, avança com esta medida numa altura em que a Comissão Europeia ainda não deu luz verde ao plano de reestruturação, que foi enviado por Portugal em dezembro de 2020.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, já admitia no início de junho que o despedimento coletivo era uma hipótese em cima da mesa.