O prazo oficial para a limpeza dos matos termina a 15 de março, mas o trabalho está longe de estar concluído. São os autarcas quem o admitem, a três dias do fim da data dado pelo Governo.
A Renascença sabe que está prevista para esta segunda-feira uma reunião entre o primeiro-ministro e o presidente da Associação de Municípios, embora o encontro não conste da agenda oficial.
O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, explica que vão pedir “mais tempo”, mas também que não haja “um limite apertado”.
“Não é possível, não é viável. Estamos a fazer a limpeza dos perímetros das zonas industriais, daquilo que são os edificados públicos, tudo isso estamos a executar. Agora ainda ter que resolver o problema daquelas pessoas, daqueles proprietários que ainda hoje não sabemos quem são porque não há cadastro”, descreve.
O autarca Rui Ladeira recorda o que diz “desde a primeira hora”.
“Não se pode querer fazer em três meses aquilo que não foi feito em 30 anos”, remata.
O prazo para a limpeza de terrenos está a chegar ao fim mas as multas não devem avançar já. É nesse sentido que vão as palavras do Presidente da República e o secretário de Estado da Proteção Civil.
O Governo vai investir 14 milhões de euros na limpeza de terrenos florestais e matas nacionais geridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), trabalhos que nas zonas consideradas prioritárias devem estar concluídos até 31 de maio.
Também pretende construir 837 quilómetros de novas faixas de interrupção de combustíveis e fazer a manutenção de 279 quilómetros já existentes.